domingo, 25 de março de 2012

CHORO ANTIGO

Pequeno humano, criatura em construção
Quão dolorida foi tua evolução?
As dores mal resolvidas ou não acolhidas
Deixaram em tua alma cicatrizes que aí estão.



E estas cicatrizes, pequenos cristais
Que endureceram e retiveram sentimentos tais
Pesam tua alma, camuflam tua calma
Que em teu peito, inflado e pequeno, não cabe mais.



Esvazia-te! Teu corpo suplica conhecendo o perigo
E quando lágrimas encontram acolhida em ouvido amigo
Cristais se quebram e o lugar para o inesperado surge
Abraçando e transformando em novo, o choro antigo.



Edlaine Paseto Vitorassi – 20/03/2012.

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